2/28/2008

Carnaval com tango


ATENÇÃO! Este blog não será mais atualizado. Este texto foi editado, revisado e postado emhttp://www.territorios.com.br/index.asp?cod_post=301


Fugi do carnaval e fui conhecer Buenos Aires, quanto tempo perdido por não conhecer esta cidade cosmopolita, adorei! Lembrou-me muito Madri, as avenidas largas os prédios antigos e imponentes, as pessoas bonitas e com estilo. Gostei de caminhar pelo centro e pelas praças da cidade. Caminhei pela avenida mais larga do mundo, a 9 de julio, onde esta o obelisco.

Quanto aos passeios, segui as indicações de amigos e da Internet. O Puerto Madero é agradável, mas não essencial para quem tem pouco tempo. Domingo é no San Telmo, e foi um tumulto, todos os turistas estavam lá. Buscando calmaria caminhei em algumas ruas vazias e ali encontrei tesouros, antiquários sem turistas e com muitos artigos interessantes, inclusive a fisionomia dos donos combinava com o ambiente. Encontrei alguns dançarinos

de tango e lojas bem modernas contrastando com as velharias da feira e dos antiquários. 
No meio da tarde caminhei até o estádio do Boca Juniors e bem como me falaram não é um caminho bom para turistas, tem ruas e pessoas suspeitas, não me arriscaria caminhar por ali a noite. Na porta do estádio tudo muda, vários ônibus cheios de turistas e pessoas com câmeras na mão. Mais algumas quadras e começam as casa coloridas do Caminito, tango por todos os lados. Só caminhei e fotografei, sequi os aviso de não ir nos restaurantes que estariam sempre prontos para ludibriar os turistas. 

Não sei se é verdade, mas resolvi não arriscar. Imperdível é a Livraria Ateneo e o cemitério, ambos no Recoleta. A livraria é dentro de um teatro antigo bem conservado, onde dava para ler nos camarotes sentada nas cadeiras antigas. Fiquei horas no meio dos livros. 

O túmulo da Evita é sem graça, mas vale a pena se perder nas ruas estreitas e sinistras do cemitério, parece um museu a céu aberto, cheio de esculturas e estórias.


Andei bastante de metro durante o dia e a noite de táxi, que são bem em conta. Apesar dos avisos que encontrei na Internet sobre problemas com taxistas, nada aconteceu comigo. Sempre procurei pegar táxis que tinham telefone de algum ponto fixo e na chegada ao aeroporto contratei um serviço de transfer do hostel. 

Fiquei hospedada no bairro Palermo (o bairro de vanguarda com lojas modernas de decoração, design, roupas e sapatos), no Palermo Soho Hostel. O hostel é bom, bem localizado, mas eu esperava mais agito e oportunidade de conhecer outros viajantes. Gostei mesmo do astral do hostel Obelisco, onde ficou meu amigo Ricardo. No Palermo e na Recoleta a imagem ao lado era bem comum, nesta eu contei mais de 15 cachorros.

Passei todos os dias muito bem, comi e bebi maravilhas pagando pouco. Parrilladas são obrigatórias e podem ser acompanhadas de um bom vinho, indico la Vaca Sigue durante a semana, fica no Puerto Madero, no final de semana já não é tão barato. Sorvete Fredo é maravilhoso, mas ao contrário da maioria gostei mais do sabor chocolate que o de doce de leite. Tomar um café na Havana acompanhados de chocolates ou alfajores são ótimos, doces são pedida certa em qualquer confeitaria.

Sobre noite todas as indicações eram para Palermo e realmente foi bem legal, mas gostei mais quando me perdi caminhando pelas ruas do Recoleta e encontrei muitos bares interessantes, o maior agito fica ao redor do cemitério.

Aproveitando o real valorizado, fui as compras e encontrei preços ótimos na Corrientes, tem vários outlets. O melhor de ir em fevereiro para aproveitar as liquidações.

Achei engraçadas as pessoas no aeroporto de Porto Alegre. Muitas mulheres produzidas, em pleno fevereiro, vestiam botas bico fino e um exagero em acessórios. Enquanto eu estava toda esculhambada, mas confortável. Não sei onde foram parar essas mulheres. Não vi ninguém com toda aquela produção em lugar algum, vi muita gente bonita, com estilo próprio e casual.

Olhem todas as fotos no álbum.

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